
POESIA
Para além do gosto por desenhar, Alexandre Correia descobre na adolescência a sua veia poética.
Confessa que na sua juventude nunca foi grande leitor. A poesia que aprendeu no percurso académico também nunca despertou o seu interesse.
No entanto, em 1998 com 17 anos ao ver o filme, que confessa, ser "o filme da sua vida", The Doors - O Mito De Uma Geração", de Oliver Stone, a maneira como passa a ver a vida muda radicalmente.
O excêntrico Jim Morrison, vocalista da banda mostra a este adolescente como se podia levar o livre arbítrio ao limite! Mas mais que uma estrela Rock, James Douglas Morrison fazia questão de ser reconhecido como um "poeta americano".
Portanto, Jim Morrison é a sua grande inspiração na escrita e para a vida, e a lírica nonsense provém dele.
Para equilibrar os versos, a poetisa calipolense Florbela Espanca chega depois para influencia-lo maravilhosamente com o seu romantismo desmesurado.
Uma coincidência cósmica - ambos nasceram no dia 08 de dezembro... Florbela, ironicamente nasce e morre na mesma data.
São as suas grandes referências literárias.
Alexandre Correia, poeta - amador, diga-se, já escreveu perto de 300 poemas, separados por 9 livros "home-made". Todos edições privadas, elaborados no seu todo, pelo o autor, nomeadamente, escrita, edição, impressão e encadernação. Isto, salvo exceções de colaborações pontuais em introduções, conclusões e edições gráficas.
Poderemos afirmar que a sua escrita é jovial, romântica, e por vezes até, hilariante!
O seu sonho é um dia ver publicado o livro com os seus melhores poemas e deixar o seu legado.
Poderá ficar a conhecer aqui 3 poemas de cada livro, para que contemple a vertente lírica deste artista.
"Poesia da era primordial do “banquete da infância”, perscruta o olhar, indaga a mente o universo, formigas na mão de criança, e imagina ….
Alexandre Correia coloca-nos em contacto com o abandono, inesperado abruptamente em nossa frente, com o silêncio das coisas todas perto de nós, inquiridas a nos revelarem o segredo do mundo, da dor e do amor.
Sentimos-lhe os passos junto à ravina em veredas de poesia sonhamos a sensibilidade que absorve nos raios fundamentais da vida, dos elementos da terra ou do azul da noite.
Estende-nos uma mão generosa cheia de inesperado humor, o que toca revela-se na poesia, é assim que conhecemos o "50" que passa em Benfica (mas só para em Algés) “, respostas e perguntas à dor, louvores ao universo e dúvidas sobre os caminhos do amor, é esta a casa do poeta e este o seu idioma."
Paulino Chaveiro