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6º Livro
"Crise de Valores"

Data: 2009

Poemas: 21

Exemplares: 10

Coleção: Verão Índio

Editora: Edição particular - "home-made"

DEU DE SI

 

Sofro que nem um adolescente,

Como quando a primeira se vai.

Sinto o coração incandescente.

Tornou-se destrutivo, não sai!

 

Inundaram-me de escuridão.

Tudo se pintou de negro.

É uma autêntica corrosão.

Só vislumbro degredo.

 

Não o desejo a ninguém,

Este amor que já foi de ferro,

Mas que se tornou ferrugem.

 

O que construí, deu de si…

Um palácio, melhor, um castelo!

Pedra por pedra, sobre mim!

CAFÉ “MARAVILHA”

 

Paro no café.

Paro num café.

Bebo uma taça altiva.

Venero quem o fez.

Faço vénias alongadas.

Bebo… e sinto…

Faço maravilhas com a alma.

 

Eu e um lápis

O resto vem com a continuação.

Gosto do que escrevo.

Rodeio a grafite com gosto.

Parece não querer parar…

É isso… para e recomeça!

Para, digo eu!

                      Não para.

É a alma que manda!

É o sofrimento que impõe!

Afoguei-me em água,

Melhor,

Em charcos de chuva doente.

Vislumbro mundos paralelos…

Vejo e sinto festas por perto… ignoro-as.

Ignoro o certo.

 

Beijo a taça com alma…

Queimo algumas fotos com tragos sentidos,

Perco-me e encontro-me… com o lápis.

QUEIJO

 

 

O queijo.

O Rio Tejo com a ponte ali,

Ou a companhia do filho…

E o Rio aqui.

 

Estar sentado à frente do horizonte.

 

Gosto do queijo demais.

Como queijo como quem beija.

Beijo loucamente a migalha que resta.

Beijo a vida por prestações.

Prestações pequenas.

Beijo porque gosto.

Beijo porque amo.

Amo porque a migalha existe

E a existência sobrevive com queijos e sentimentos.

Sim, sinto!

Fernando Pessoa

“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso,

tenho em mim,

todos os sonhos do mundo.”

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