
3º Livro
"Uma Nova Era"
Data: 2000
Poemas: 29
Exemplares: 6
Coleção: Verão Índio
Editora: Edição particular - "home-made"
UM DESEJO, UMA EXIGÊNCIA
Onde está o banquete da infância?
Onde está o nosso banquete?
Tenho fome...
AFECTO EM CINZAS
Dor,
Amigo,
Sensação,
E dor de novo.
UAU!
Dor ,
Amigo,
Eu preciso,
Afeto, carinho,
Acidez,
Fusão,
Energia e eletricidade
E tudo para todos
Sem exceção aos animais.
O mundo em fogo,
Em chamas,
A arder.
ALGO FALHOU!
Agora, eu vou-vos contar uma diferente história,
Que eu admirei num dos meus slides virtuais.
Aqueles, sabem?
Digo-vos que as cores da fita não são boas, mas...
Eram tardes de Verão.
As águas corriam nos seus riachos,
Nos seus corretos sentidos,
Entre as margens duma clara areia,
Que ambicionava um dia ser decentemente tratada.
Eles chamam-lhe rios, aqueles que há uma longa idade já cá caminham.
Eram florescentes,
As tardes.
Bonitas, por acaso.
As formigas andavam,
Os surfistas lá suavam
E dois andantes caminhavam,
Num percurso que ambos amavam.
Este era o ponto fulcral.
Os dois cortavam-se com golpes de 2 metros e meio...
Mas gostavam-se.
Entraram num conjunto todo de situações pouco neutras.
As vozes roufenhavam-se, arranhavam-se e fintavam-se,
Mas no fim destas maravilhosas tardes,
Antevendo um longo Inverno extremamente extremo e rigoroso,
Um abraço era inevitável...
Era admirável!
Houve tristemente um colapso,
De algo que batia com ritmo,
Um ritmo algo acelerado, com certos problemas… empíricos.
Foi uma morte no cinema.
E todos os espectadores acabaram por se desfazer em lágrimas.
Mas,
No fim desta fita,
Desde a inexperiência até à dor,
Eu admito que talvez o rapazola estivesse um pouco doente
E que o podre desta história,
Foi ter nascido 4 anos e meio adiantado à felicidade.