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2º Livro
"Perdeu-se Qualquer Coisa"

Data: 2000

Poemas: 21

Exemplares: 7

Coleção: Verão Índio

Editora: Edição particular - "home-made"

DOCE ESPERANÇA

 

Meiga, discreta,

Simples e completa.

Alcanço-a num horizonte

Que não consigo sentir.

 

É tão forte a vontade de amar,

Mas o destino passa-me por cima

E consome-me o dia a dia.

 

Quotidiano infernal?

Talvez, mas enquanto isso,

Percorro a distância que nos compete a todos.

 

Prossigo até ao Ponto B, por uma selva fabricada.

Espera!

 

Existe uma luz que brilha no horizonte!!!!!

 

É ela?

Sim... confirmo... é ela!

Ela quem?!

O meu amor? O meu doce?

Antes fosse.

OBSCURIDADE DA PERCEPÇÃO

 

As faces deles sorriram tão alegres.

Que futuro, Criador do Universo?

Da eternidade do ser, da experiência?

Da água?

Oh Supremo desejo.

Ah, o poder, ser…

Que futuro?

Morrer.

HOJE POSSO FAZER TUDO

 

 

O Mundo.

Uma autoestrada preta tracejada a amarelo

E envolvida em um castanho-avermelhado,

Que encaixa com o céu azul claro a 100%.

E eu sou um PeterPan estático,

Que me localizo em cima do castanho, contido no azul.

 

Mas é apenas uma autoestrada imaginária,

Que me leva ao centro da vida, ao princípio do paraíso.

Hoje podia fazer tudo,

Mas não faço, pois o tudo faz-se numa vida.

A estrada é tão larga e comprida.

A vida não se faz num só dia.

Florbela Espanca

"...Quem disser que se pode amar alguém

durante a vida inteira é porque mente!

 

Há uma primavera em cada vida:

É preciso cantá-la assim florida,

Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!"

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